ESTE TEXTO FOI PRODUZIDO PELO COLETIVO DE PROFESSORES
Em 24 de outubro de 2024 se agruparam na Câmara Municipal de Paulínia representante do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paulínia (STSPM), Professores de Educação Básica e uma munícipe com os vereadores Gibi Professor e Flávio Xavier, presidente e vice – presidente, nesta ordem, da Comissão de Educação, Esporte, Cultura, Turismo, Pessoa com Deficiência, Mulher e Assistência Social. Essa reunião foi solicitada através do STSPM para conversar sobre a situação das escolas municipais.
Fomos recebidos pelos vereadores em uma roda aberta de diálogo. Colocamos nossos pontos e demandas principais, e os vereadores também o fizeram, apresentando suas ações relacionadas à educação. A conversa foi franca e aberta, com espaço para todos se colocarem. Focamos bastante na estratégia do diálogo e que temos visto dificuldade de entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação (SMEDU) para apresentar os desafios cotidianos e pensar soluções conjuntas para a melhoria da educação em nosso município.
Para tentar organizar uma ação coletiva, sugerimos cinco grandes campos que são foco de nossas demandas e atenção. Nos sugerimos também a organizar um texto por escrito desenvolvendo esses campos e apresentar à comissão que apresentará à SMEDU e buscará nos colocar em diálogo. Frisamos que temos interesse, conhecimento e capacidade técnica para auxiliar a gestão municipal no desenvolvimento e melhoria da qualidade da educação em nossa cidade e para contribuir com o trabalho dessa relevante Comissão da Câmara.
Os cinco pontos foram:
1. Questões Pedagógicas: trabalhar em colaboração com os professores para definir prioridades e refletir sobre ações nas escolas com os estudantes. Temos professores capacitados, com experiências em diferentes redes de ensino, públicas e privadas, que podem trabalhar colaborativamente com a SMEDU para pensar materiais, tempos, espaços, programas, etc, que poderão ser melhor usados em cada realidade específica da cidade.
2. Construção de novas unidades escolares: dialogar com os educadores sobre os projetos das novas escolas: o que elas precisam ter, a distribuição das regiões abertas e construídas, os tipos de materiais a conseguir e a distribuição do espaço, baseado em discussões pedagógicas relacionadas à arquitetura escolar em diálogo com o currículo e com as experiências e necessidades reconhecidas por todos.
3. Distribuição de recursos para as escolas: ampliação do valor da subvenção à APM e mudança da forma de divisão dos recursos, que hoje tem o teto de R$ 25.000,00 (igual parte todas as escolas) para uma divisão que considere o número de alunos atendido por cada escola – percapita – garantido distribuição com equidade para que as escola tenham mais liberdade e autonomia para executar o orçamento pensando em cada realidade local (podendo inclusive atuar de forma ainda mais preventiva e efetiva na manutenção dos edifícios escolares). Pensar também na compra dos materiais e mobiliários a começar dos projetos que cada unidade está construindo e considerandoo tamanho de cada escola, também atualizando o modelo pautado na igualdade (número igual para cada escola) para um modelo pautado na equidade da distribuição.
4. Manutenção das escolas: acompanhamento das reformas e necessidades de manutenção de cada unidade escolar mais de perto, tendo os servidores que ali atuam como auxiliares neste processo, contribuindo inclusive para que os diretores da escola sejam fiscais e avaliadores das obras em andamento e sua opinião seja considerada no momento de aprovação do serviço feito.
5. Mapeamentos dos problemas com visitas às unidades: criar um grupo com representantes dos servidores e do legislativo para ir as unidades, iniciando com as que demandam maior atenção para conhecerem os problemas que estamos relatando, para que essa visitas possam subsidiar o trabalho dos vereadores, principalmente desta Comissão da Câmara.
A comissão nos pediu a planejamento e especificação mais detalhada de forma escrita de cada um desses pontos para que oriente a conversa entre os membros da Comissão e, subsequentemente, com a SMEDU, como dissemos acima, além do que irão propor que se construa um trabalho em colaboração para superar cada um desses desafios que trouxemos, em conjunto, de forma colaborativa.
Fonte: stspmp