EDITORIAL: Jornalismo chapa branca domina Paulínia
No cenário jornalístico tradicional, o termo “jornalismo chapa branca” deseja dizer uma postura favorável ao governo. A definição exata do termo é: jornalista ou o jornal ao qual ele pertence, é patrocinado/manipulado através do governo.
Práticas submissas de veículos de imprensa em favor dos interesses dos governantes que estão no poder minam a democracia, a transparência e a liberdade de imprensa em cidades como PAULÍNIA, evidenciando a urgência de uma reflexão sobre o papel ético do jornalismo.
Esses jornalistas, nem sei se são, não são definidos por sua direção profissional como órgão de imprensa, mas sim através da postura e vontade do gestor público (em Paulínia, a do prefeito Du Cazellato). São substrato de produtos de uma estrutura hierárquica que favorece a submissão em vez do questionamento ou da verdadeira informação.
A consciência raramente os atormenta, pois o cinismo é uma característica central de suas personalidades editoriais. Em suas redações, se é que existem, não existe espaço para vozes independentes; a defesa dos interesses dos governantes é a norma. Todos os níveis do grupo, desde os donos até os simples empregados, são permeados por essa mentalidade.
Na semana passada, Paulínia teve um exemplo de como, infelizmente, a imprensa chapa branca age no município. Mesmo com provas fotográficas, vídeos e testemunhas afirmando que havia doações para as vítimas do Rio Grande do Sul, nos porões do Teatro de Paulínia; alguns veículos de mídia da cidade chamaram a notícia de “fake news”, ou seja, prestaram desinformação para o povo a serviço dos interesses obscuros de quem queria esconder os fatos.
Temos certeza de que a história olhará para esses ditos jornalistas ou pseudos órgãos de informação, como exemplos de aberrações no jornalismo. Muitos estão cientes disso, mas o apelo das recompensas materiais supera qualquer preocupação com seu papel na história ou sua integridade.
A chapa branca persiste, alimentada através do desejo de gratificações imediatas em detrimento da ética e da responsabilidade jornalística através da verdadeira informação. INFELIZMENTE.
Com informações de Diário de Paulínia