EDITORIAL: Ditadura? Que isso, secretário!
Que o secretário de saúde de Paulínia Alexandre de Camargo Brandt age forma alterada e muitas vezes com tom de deboche nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde, quase todo mundo já sabe; agora acusar conselheiro de produzir desinformação e impedir comentários no grupo de WhatsApp do Conselho de Saúde, aí é novidade!
Está semana tivemos acesso a um print do grupo de WhatsApp dos conselheiros de saúde de Paulínia, onde Brandt acusa, sem apresentar provas, um conselheiro de propagar desinformação; em seguida Alexandre muda as configurações do grupo para que apenas administradores possam publicar, censurando claramente a liberdade de expressão dos membros do Conselho. Que isso, secretário, ditadura agora?
O conselheiro, acusado por Brandt de produzir desinformação, falou à nossa reportagem que irá entrar com uma denúncia no Conselho de Ética do Conselho de Saúde contra o secretário e que irá fazer um boletim de ocorrência.
Até porque fomos informados de que Brandt na posição de conselheiro, não tem o poder de bloquear ou proibir a manifestação de outro conselheiro; e se estiver fazendo isso no papel de secretário, pode ser considerado abuso de autoridade, ferindo a Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019.
Mora em Campinas e tem plano de saúde
Para quem não se lembra, Brandt é o secretário que, durante reunião do Conselho Municipal de Saúde, falou que mora em Campinas e que usa plano de saúde.
Descascadinho na parede
Também durante uma reunião do Conselho de Saúde, Brandt perguntou os apontamentos feitos através do Tribunal de Contas do Estado (TCE); em relação aos problemas na saúde da cidade que ajudaram para que o Tribunal reprovasse, as contas do prefeito Du Cazellato dos exercícios financeiros de 2019, 20 e 21 (2022 e 23 ainda serão julgadas). O secretário chegou a dizer que: “[……….e não tem uma visita do Tribunal, que ele não aponta um descascadinho na parede]”.
O secretário ainda reclamou que não dá para corrigir tudo noturna para o dia, em um passe de mágica, chegando a dizer: “O TCE tem a interpretação de que a gente tem a varinha de condão, eu acho, pode ser, não sei”. Afirmou isso mesmo a atual gestão estando existe cinco anos no poder.
Alterado, não falou quantos neurologistas têm na rede
Diversas reclamações vêm sendo feitas em redes sociais através da população, de que existe somente 1 neurologista para atender toda a rede de saúde de Paulínia. O que estaria gerando meses de espera por este especialista.
Durante uma reunião do Conselho de Saúde, um munícipe perguntou a Brandt o número que havia desse especialista na rede, mas o secretário respondeu somente que havia neurologistas para atender toda os cidadãos. Quando perguntado de novo através do munícipe sobre o número exato, Brandt, aparentemente irritado, perguntou o porquê de o paulinense querer saber o número. O munícipe chegou a pedir calma para o secretário, falando ser somente um questionamento e que tinha direito de saber, pois era um direito de qualquer cidadão questionar.
Bateu boca com conselheiro
Em outra reunião do Conselho Municipal de Saúde, o secretário discutiu com um conselheiro de saúde e tentou impedir que o conselheiro fizesse suas colocações sobre a saúde no município. Explicou que o conselheiro queria fazer debate e não informes. Já o conselheiro chegou a dizer ao secretário que ele não era juiz. De quebra, nesta mesma reunião, o secretário falou não haver falta de remédios para os cidadãos.
Denúncia no MP
Vale lembra o secretário municipal de Saúde Alexandre Camargo Brandt, a diretora de Saúde Tania Romano e o prefeito Du Cazellato, são alvos de uma denúncia que está sendo investiga através do Ministério Público de Paulínia; por suposto privilégio concedido a um cargo confiança alocada na Secretaria de Saúde, conhecida como Fabi Garcez, que teria supostamente usado esse privilégio para viajar para a Disney, nos EUA. O Promotor Tiago do Amaral Barboza instaurou procedimento investigativo dos fatos.
Com informações de Diário de Paulínia