O humorista Whindersson Nunes se manifestou, por meio da produtora NonStop, sobre a morte da mineira Jéssica Vitória Canedo de 22 anos. A jovem morreu nessa sexta-feira (22) dias depois de um print falso, que sugeria um affair entre ela e o influencer, circular na web.
Após o burburinho, Jéssica precisou vir à público para esclarecer que tudo não passava de uma fake news. Na ocasião, a jovem disse que recebeu diversos tipo de ataques virtuais. “Isso passou do limite”, escreveu ela. A morte de Jéssica está sendo tratada como um suicídio.
“Estou extremamente triste. Voltei ao dia em que perdi meu filho. Que ninguém passe pela dor de enterrar um filho”, declarou Whindersson em nota enviada ao g1.
No mesmo comunicado, a Nonstop Produções S.A. disse que o humorista está “perplexo com o desencadeamento desse novo massacre público proporcionado pelo uso negativo das redes sociais”. Ele não chegou a se manifestar publicamente sobre o assunto.
Nas redes sociais, Inês Oliveira, mãe de Jéssica, comunicou a morte da filha. “É com pesar que informamos que nessa manhã do dia 22/12 a Jéssica não resistiu a depressão e tanto ódio e veio a óbito. Será velada hoje e o enterro será amanhã”.
O perfil Choquei, um dos mais seguidos das redes sociais, foi apontado como um dos responsáveis por divulgar os prints falsos sobre Jéssica e Whindersson. Com a repercussão e muitas críticas, a página divulgou uma nota. Veja abaixo:
Em nota enviada ao , a Polícia Civil disse que investiga a morte. “Em relação à ocorrência de auto-extermínio registrada ontem (22), em Araguari, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que, na ocasião, o corpo da vítima, de 22 anos, foi encaminhado para ser submetido a exames”, disse a corporação.
Prevenção
Ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que auxilia na prevenção do suicídio, passaram a ser gratuitas em todo o país em julho do ano passado. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone 188.
Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço era cobrado e prestado por meio do 141.
A ligação gratuita para o CVV começou a ser implantada em Santa Maria (RS), há quatro anos, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens. O centro existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.
Whindersson lamenta morte de jovem mineira após divulgação de prints falsos .