Paulínia se torna referência nacional com a implantação das lixeiras enterradas
Em Paulínia, as lixeiras enterradas foram instaladas no mês de dezembro de 2011, e o município se tornou um exemplo no país. Atualmente, o município conta com mais de 50 lixeiras enterradas, que estão instaladas em pontos estratégicos da cidade e a coleta é feita todas as semanas. Cada coleta leva, em média, 4 minutos, e os munícipes podem usar as unidades 24 horas diariamente.
À medida que o conceito de cidades inteligentes ganha cada hora mais relevância, uma inovação discreta está transformando a maneira como gerenciamos nossos resíduos: as lixeiras enterradas. Este sistema moderno de coleta de lixo surge como uma solução eficaz e sustentável, integrando tecnologia, design e praticidade na gestão urbana. As lixeiras enterradas são sistemas de coleta de resíduos parcialmente ou inteiramente submersos no solo.
Ao contrário das tradicionais lixeiras de superfície, essas unidades oferecem uma solução mais limpa e estética para a coleta de lixo, com um compartimento subterrâneo que armazena os resíduos até que sejam coletados por caminhões especializados. Em Paulínia, existe 52 lixeiras enterradas, sendo 27 destinadas a resíduos orgânicos e 25 para materiais recicláveis.
O sistema de coleta com o auxílio das lixeiras enterradas é responsável por 15% de todos os resíduos produzidos no município, o restante do lixo é recolhido com o auxílio do modelo tradicional de coleta seletiva.
“Essas lixeiras são equipadas com sensores que monitoram o nível de resíduos e enviam informações em tempo real para os centros de controle da cidade. Com base nesses dados, o sistema pode otimizar as rotas de coleta e reduzir o número de viagens dos caminhões, resultando em menor emissão de gases poluentes e menos congestionamento nas ruas”, afirma Renato Campos, diretor da Motocana, empresa que tem especialização em equipamentos para movimentação de carga pesada e referência no setor agrícola.
Modelos avançados de lixeiras enterradas também incluem compactadores automáticos, que comprimem os resíduos, aumentando a capacidade do compartimento e diminuindo a frequência das coletas necessárias. Além do que, muitas dessas unidades são projetadas para serem acessíveis e seguras, prevenindo problemas com vandalismo e odores indesejáveis. Outro momento importante deste tipo de coleta é que não contribuem para o entupimento de bueiros, diferente do modelo tradicional, que depois de chuvas, o lixo depositado nas lixeiras pode trazer ao entupimento de bueiros e galerias fluviais de água, contribuindo para a poluição de córregos e rios.
Com presença em mais de 30 países da Europa e Ásia, as lixeiras enterradas têm se mostrado um sucesso. O primeiro exemplar foi implementado na Espanha, durante as Olimpíadas de 1992, e gerou uma economia de 160 caminhões circulando menos através da cidade. No Brasil, os municípios de Paulínia, Guarujá, Brasília e Maceió já adotaram o sistema, com resultados expressivos, como uma economia de até 30% nos custos operacionais.
Apesar dos benefícios, a implementação das lixeiras enterradas apresenta desafios. O custo inicial pode ter uma variação de R$ 3 mil a R$ 70 mil, dependendo do modelo e das condições de instalação, e a manutenção que tem especialização é necessária. No entanto, esses obstáculos poderão ser superados com planejamento ideal, principalmente quando se leva em consideração os benefícios de longo período em termos de redução de custos operacionais, sustentabilidade e qualidade de vida urbana.
“Além de proporcionar uma gestão de resíduos mais eficaz, as lixeiras enterradas também colaboram com a melhoria da mobilidade urbana e a redução da emissão de gases poluentes. A adoção dessas práticas sustentáveis tem se tornado um diferencial tanto para grandes quanto para pequenos municípios, que sabem que um compromisso com a sustentabilidade é essencial para se destacarem no mercado”, conclui Renato Campos.
À medida que mais cidades enfrentam os desafios ambientais e operacionais do futuro, a tecnologia das lixeiras enterradas tem o potencial de desempenhar um papel crucial na construção de cidades mais inteligentes e eficientes.
Chefe em equipamentos para movimentação de cargas, produz soluções sob demanda para diferentes segmentos: canavieiro, florestal, sucateiro e guindastes. Responsável através do lançamento da primeira carregadora de cana no Brasil, a empresa de Piracicaba exporta para mais de 17 países e procura inovar frequentemente, como novos lançamentos e upgrades: entre seus últimos a carregadora autocarregável CM 50 FL 300.
Com informações de Diário de Paulínia