O painel informativo da Prefeitura sobre a situação da dengue em Campinas confirmou nesta terça-feira (29) que a cidade ultrapassou a marca de 100 mil casos da doença neste ano, número que amplia a proporção de uma epidemia que já era a maior da história da cidade. Segundo os números oficiais, são 100,5 mil casos, e 30 mortes causadas pela doença confirmados desde o início de janeiro.
Até agora, o ano com maior número de casos e mortes relacionados à doença havia sido 2015, quando a Saúde registrou 65,7 mil casos de pessoas infectadas, e 22 óbitos decorrentes da dengue.
A grande proporção da epidemia já era prevista, e foi alvo de constantes alertas, pela Secretaria de Saúde. Uma das principais ações feitas como prevenção foi o monitoramento de bairros com maior incidência e direcionamento de mutirões de remoção de criadouros do mosquito transmissor nessas áreas. Dados das secretarias municipal e estadual mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, estão nas residências.
Segundo a Saúde, os principais fatores que causaram a epidemia este ano, tanto no Brasil quanto em Campinas, foi a circulação de novos sorotipos da dengue e as constantes ondas de calor no início do ano, que causaram ambiente propício à proliferação do mosquito. Após um pico de casos em abril, a secretaria acredita agora em uma redução gradativa do número de casos.