O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a elogiar os trabalhos do Congresso Nacional em meio à tensão entre o Planalto e a cúpula do Legislativo. Durante a inaguração da Agência Brasileira de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) segunda-feira agora (15/12), o petista explicou estar “muito grato” por aprovações de projetos do governo durante gestão.
Lula citou a aprovação de projetos importantes para o governo, dentre eles a ampliação da faixa de Isenção do Imposto de Renda e a Reforma Tributária. O petista elogiou contribuições do Legislativo e de partidos políticos, incluindo os que não o apoiaram nas eleições de 2022.
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No Senado, o clima também não é favorável. Isso porque o governo e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) travaram uma disputa sobre a última indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O Planato contrariou o senador amapaense e evidenciou o advogado-geral da União, Jorge Messias, e não o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Apesar disso, Lula não entrou nas críticas. No lugar, se explicou “muito grato a tudo que o Congresso fez por nós nesses três anos de governo, tanto o Senado quanto a Câmara”, e explicou que o Legislativo “foi muito correto” na tramitação de matérias econômicas. Ao mesmo tempo, atribuiu à articulação do governo não ter “a capacidade” de convencer os parlamentares para aprovar os outros projetos.
“Eu sou muito grato a tudo que o Congresso fez por nós nesses três anos de governo, tanto o Senado quanto a Câmara. Aquilo que não aprovaram, possivelmente porque a gente não teve capacidade de convence-los a aprovar. Outras coisas que eram questões mais ideológicas, aí é questão ideológica, partidária. Mas na questão econômica, do benefício desse país, o Congresso foi muito correto nesse tempo todo no meu governo. Quero agradecer ao congresso pelos serviços, sobretudo pela reforma tributária aprovada e o Imposto de Renda”, explicou Lula. Vetos do Licenciamento Ambiental: “Não fiquei chateado”
Além dos afagos ao Legislativo, Lula explicou não ter ficado “chateado” quando o Congresso derrubou os vetos presidenciais sobre o Licenciamento Ambiental no mês de novembro. E que, quem “perde”, são os empresários, que conseguirão ser alvos de restrições nas exportações. Também explicou que a resposabilidade de eventuais sanções não pode ser “só do governo”.
“Quando o congresso derrubou meus vetos [do licenciamento] eu não fiquei chateado. Porque eu não vou perder um milímetro, quem vai perder são os empresários que exportam produtos agrícolas se tiver cometendo bobagens de não respeitar a questão climática. Quando chegar uma denúncia da UE [União Europeia], ou quando o Xi Jinping [presidente da China] disser que não vai comprar porque tá cometendo tal delito na floresta, não sou eu que vou perder, ele que vai perder. Essa responsabilidade não pode ser só do governo”, declarou.
Com informações Metropoles

