A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou o novo edital do Programa Mais Médicos, que conta com 3.184 vagas para médicos e, através da primeira vez na história, terá vagas reservadas para as cotas de grupos étnico-raciais e de pessoas com deficiências. Os grupos étnicos-raciais inclusos são negros, quilombolas e indígenas.
As vagas do programa serão financiadas por coparticipação, sendo que a maior parte do valor será arcado através do Ministério da Saúde e 15% será pelos municípios.
As reservas de cota não ocupadas serão oferecidas para a ampla concorrência, segundo a diretora substituta do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária à Saúde, Mariana Vilela.
Mariana ainda explica que o Ministério está “desenvolvendo uma licitação para contratar uma empresa que vai realizar a avaliação de candidatos que se autodeclararem negros, indígenas, quilombolas ou pessoas com deficiência”.
De acordo com o edital, São Paulo tem o maior número de vagas: 457. Outros estados com número alto de postos são o Rio Enorme do Sul, com 276; Ceará, com 254; Bahia, com 246; e Paraná, com 233.
Entenda o sistema de cotas
Nos grupos étnico-raciais, serão ofertados 20% das vagas, priorizadas da seguinte forma:
- Municípios que têm 2 vagas: 50%
- Municípios que têm entre 3 a 10 vagas: 20%
- Municípios que têm mais de 10 vagas: 20%
Em relação as vagas reservadas para pessoas com deficiência, 9% do total por município serão oferecidas.
O Programa Mais Médicos permite a participação de profissionais brasileiros, brasileiros estabelecidos no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS), sendo que médicos brasileiros estabelecidos no Brasil possuem preferência na seleção.
Fonte: Metropoles